Na última segunda-feira (10), o Sindicato dos Camelôs de Feira de Santana (Sindicame) promoveu debate entre os candidatos a prefeito do município na Avenida Getúlio Vargas, em frente ao Paço Municipal. A atividade foi organizada para discussão da situação dos camelôs nas ruas de Feira, apresentação de alternativas que contribuam para melhorar a condição dos trabalhadores do comércio de rua e organizar as vias do Centro da cidade. O evento contou com a presença de todos os candidatos com exceção, como nos outros debates, do ex-prefeito. Na oportunidade, Jhonatas Monteiro, como candidato do PSOL, pôde apresentar as suas principais propostas relacionadas à pauta indicada pelo Sindicame. Assim, Jhonatas afirmou que a primeira medida a ser tomada é a urgente elaboração, com amplo envolvimento da população, de um Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano que entre outras coisas também preveja áreas para o comércio informal da cidade. Além disso, como segunda iniciativa de governo, Jhonatas defendeu a concentração dos camelôs em áreas ociosas do Centro da cidade, inclusive indicando concretamente área nas imediações do SAC onde seria construído um primeiro “shopping popular”. Como uma terceira medida, o candidato do PSOL defendeu a manutenção da minoria restante dos camelôs em algumas ruas selecionadas e ordenadas para essa finalidade. Nesse sentido, Jhonatas apontou também, lembrando que o município cresceu a partir de uma feira, que a tradição secular de comércio de rua no município deve ser considerada patrimônio cultural feirense. O candidato discutiu ainda a necessidade de uma política de estímulo à economia popular, abrangendo o comércio de rua, que viabilize assistência pública para formação de cooperativas, associações e centrais coletivas de distribuição de produtos que dinamizem as atividades e gerem renda para dezenas de milhares de pessoas que hoje vivem na informalidade precária. Durante o bloco de perguntas entre candidatos, Jhonatas tocou em outro ponto que é sentido tanto pelos camelôs especificamente quanto pela maioria da população em geral: a péssima condição do transporte coletivo vivenciada em Feira há mais de uma década. Novamente, Jhonatas defendeu a revisão dos critérios de cálculo da tarifa, para redução imediata do preço, e a reformulação radical do sistema através de corredores exclusivos de ônibus, controle informatizados dos horários dos ônibus, linhas bairro a bairro, integração pelo tempo da passagem em substituição à atual integração exclusiva nos terminais, dentre outras iniciativas de gestão para garantir o interesse público e a prioridade da maioria da população. Por fim, o candidato do PSOL saudou o Sindicame pela iniciativa de organizar um debate na rua, acessível a quem se interessou em acompanhar, e chamou atenção para o fato que as eleições devem ser um momento de discussão franca dos grandes problemas de Feira.
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